As análises feitas aos 18 portugueses e dois brasileiros repatriados da China, que chegaram no domingo a Lisboa, deram negativo para coronavírus. A informação é confirmada pela Direção-Geral da Saúde.
“A DGS informa que os testes laboratoriais realizados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) foram todos negativos”, pode ler-se no comunicado enviado à redação.
Estes cidadãos “vão continuar a ser acompanhados por dois médicos da Sanidade Internacional, que vão garantir a vigilância ativa duas vezes por dia”.
O grupo, que esperou quatro dias até ser retirado da China, vai permanecer em quarentena.
A ministra da Saúde anunciou, no domingo à noite, em conferência de imprensa que os cidadãos vão ficar em "isolamento profilático" durante 14 dias em dois hospitais da capital (Pulido Valente e Parque da Saúde), sem visitas.
O grupo de repatriados que chegou ao aeroporto de Figo Maduro, vindo de Wuhan e Pequim, na China, foram previamente avaliados por uma equipa médica no aeroporto e deram depois entrada no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, para realizar análises.
O governo francês também confirmou que as cerca de 20 pessoas repatriadas da cidade chinesa de Wuhan para França já foram testadas e os resultados foram negativos.
O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu para 362, depois de 56 pessoas terem morrido na China e uma nas Filipinas, anunciaram as autoridades chinesas. Desde dezembro já surgiram 17.205 casos confirmados.
A China elevou esta segunda-feira para 362 mortos e mais de 17 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
Além do território continental da China e das regiões de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.