O Vaticano confirmou este sábado, em resposta aos jornalistas, o envio a Kiev do Cardeal Matteo Zuppi, Arcebispo de Bolonha, para mediar negociações de paz entre a Russia e a Ucrânia.
A confirmação é dada pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, que afirmou “que o Papa Francisco confiou ao Cardeal Matteo Zuppi, Arcebispo de Bolonha e Presidente da Conferência Episcopal Italiana, a tarefa de realizar uma missão, em acordo com a Secretaria de Estado, que contribuirá para aliviar as tensões no conflito na Ucrânia, na esperança, jamais resignada pelo Santo Padre, de que assim possa iniciar caminhos de paz”.
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé esclareceu ainda que “o momento desta missão e suas modalidades estão a ser estudados."
Nos últimos dias a imprensa italiana tinha avançado com a possibilidade de o Papa Francisco enviar emissários pessoais de paz aos presidentes ucraniano e russo numa missão para tentar acabar com a guerra.
Dois nomes foram colocados em cima da mesa: Zuppi, arcebispo de Bolonha, para conversar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky; e, por outro lado, o arcebispo Claudio Gugerotti, chefe do departamento do Vaticano para as Igrejas Orientais, para se encontrar com o presidente Vladimir Putin.
Até ao momento, foi confirmado apenas a visita do Cardeal Zuppi à Ucrânia, podendo ser expectável que o Presidente da Conferência Episcopal Italiana viaje a Kiev para manter conversas com o presidente ucraniano, a caminho de Moscovo para se encontrar também com o presidente russo, Vladimir Putin.
Também em 2003, João Paulo II enviou dois cardeais a Washington e a Baghdad, para dialogarem com os respetivos líderes e impedir o início da guerra do Iraque. Os diálogos aconteceram, mas não evitaram a guerra.