António Tavares é o vencedor do Prémio Literário Leya deste ano, com o romance "O Coro dos Defuntos", anunciou esta terça-feira o grupo editorial Leya.
O galardão, de 100 mil euros, foi atribuído por unanimidade ao escritor, de 55 anos, que é também vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz.
Presidido por Manuel Alegre, o júri destacou "a construção sólida" de "O Coro dos Defuntos", que conquistou o galardão no valor de 100 mil euros.
"Estamos perante um romance que tem uma construção sólida, conduzindo o leitor através de uma escrita que inscreve, em paralelo, o percurso do país e o do mundo", lê-se na acta do júri.
Os jurados realçaram ainda a "versatilidade na composição da narrativa e no cruzamento de vozes e perspectivas correspondente à diversidade de personagens".
O Prémio Leya foi criado em 2008 com o objectivo de distinguir um romance inédito escrito em português.
Em 2014, António Tavares lançou o livro "As Palavras que me Deverão Guiar um Dia". Como romancista, obteve uma menção honrosa no prémio Alves Redol, atribuída em 2013 pela Câmara de Vila Franca de Xira ao romance “O Tempo Adormeceu sob o Sol da Tarde”, e foi finalista do Prémio Leya 2013.
Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. É professor do ensino secundário. Escreveu peças para teatro, estudos e ensaios, entre outros. Foi jornalista, fundador e director do periódico regional “A Linha do Oeste”. Fundou e coordenou a revista de estudos “Litorais”.
Além de Manuel Alegre, o júri foi constituído pelos escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira, o reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, Lourenço do Rosário, e a professora da Universidade de São Paulo Rita Chaves.