Pedro Passos Coelho afirmou que a reflexão que está a fazer sobre o seu futuro no PSD "vai bem", mas nada mais adiantou, acrescentando que não falou deste tema com o Presidente da República.
O presidente do PSD falava na Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, após ter sido recebido pelo chefe de Estado, durante cerca de 40 minutos, juntamente com o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa.
Questionado pelos jornalistas se partilhou com o Presidente da República a reflexão que está a fazer na sequência dos resultados das autárquicas de domingo, respondeu: "Não falámos de eleições autárquicas".
Passos acrescentou a sua continuidade ou não à frente do PSD "não foi tema que tivesse sido tratado" nesta reunião com o chefe de Estado, que se centrou em "questões ligadas à situação portuguesa e europeia", no plano económico-financeiro.
Interrogado sobre como vai o seu processo de reflexão nesta altura, o ex-primeiro-ministro afirmou: "Vai bem, muito obrigado".
Quanto às conclusões dessa reflexão, considerou que "é uma questão prematura em termos de resposta", referindo que na terça-feira será feita "uma avaliação com mais detalhe dos resultados das eleições autárquicas", nos órgãos de direção política do PSD e em Conselho Nacional.
"Só depois disso é que poderemos dizer alguma coisa do ponto de vista de uma mensagem nacional que possa ter relevância. E eu não vou, até lá, fazer especulação sobre qual vai ser a avaliação que faremos nos órgãos próprios", declarou.
Contudo, frisou: "Aquilo que resultar da minha decisão dependerá da minha reflexão, como é evidente".
Sobre a actual situação económico-financeira nacional, Passos Coelho disse que o Orçamento do Estado para 2018 "foi justamente uma das matérias" sobre as quais o Presidente da República quis saber a opinião do PSD - que foi o primeiro dos sete partidos com assento parlamentar a ser ouvido esta semana no Palácio de Belém. "Trocámos algumas impressões sobre isso, mas essa é uma matéria sobre a qual ainda há muito pouco para poder conversar, na medida em que não existe da parte do Governo uma proposta de lei do Orçamento", observou.
Quanto ao Orçamento deste ano, Passos Coelho salientou "a importância de o país poder atingir a meta orçamental a que se propôs", o que no seu entender acontecerá com "grande probabilidade".