Ucrânia reclama controlo de 74 localidades na Rússia
13-08-2024 - 18:26
 • João Pedro Quesado com Reuters

Kiev começou invasão na região fronteiriça de Kursk na passada terça-feira. Rússia estará a movimentar tropas de regiões na Ucrânia para apoiar defesa face à ofensiva da Ucrânia.

A Ucrânia declarou esta terça-feira ter tomado o controlo de 74 localidades na região de Kursk, na Rússia. Segundo Volodymyr Zelensky, a ofensiva de Kiev no território russo, que começou há uma semana, a ofensiva continua a avançar.

Numa publicação na rede social X, o Presidente ucraniano alegou o controlo de "74 comunidades". O vídeo publicado mostra ainda o comandante do Exército da Ucrânia a falar de um avanço da ofensiva entre um a três a quilómetros nas últimas 24 horas.

Zelensky disse ainda que a operação deteve vários russos como prisioneiros de guerra que podem ser trocados por combatentes ucranianos, referindo-se a um "fundo de troca" crescente.

Segundo um conselheiro de Zelensky, a invasão do território russo não tem como objetivo a conquista do território, mas sim forçar a Rússia a entrar em negociações de paz com a Ucrânia.

"Simples apelos à Rússia não funcionam, apenas um conjunto de ferramentas coercivas funcionam", disse Mykhailo Podolyak na televisão ucraniana, citado pela Reuters.

De acordo com um responsável ucraniano, citado pelo "Politico", a invasão forçou a Rússia a retirar tropas das regiões ucranianas de Zaporizhzhia e Kherson, colocando-as no seu próprio território.

Num encontro com Volodymyr Zelensky, o ministro da Defesa da Lituânia disse ainda que a Rússia está a retirar tropas também do exclave russo de Kaliningrado, enviando-as para a região de Kursk. Kaliningrado fica localizado entre a Rússia e a Polónia, à beira do mar Báltico.

A Ucrânia invadiu, na passada terça-feira, a região russa de Kursk, entrando em território russo pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. O país diz ter ocupado cerca de mil quilómetros quadrados, forçando a retirada de cerca de 200 mil habitantes pelas autoridades russas.