Governo vai rever défice em alta e manter apoios "custe o que custar"
09-02-2021 - 16:12
 • Lusa

Medidas de apoio às empresas e ao emprego no âmbito da covid-19 vão manter-se enquanto a pandemia durar, "custe o que custar", garante o ministro das Finanças.

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O Governo terá de "rever significativamente o cenário macroeconómico para 2021 e de rever em alta o défice orçamental", face à evolução da pandemia de covid-19, disse esta terça-feira, no Parlamento, o ministro das Finanças, João Leão.

"A evolução da pandemia conduziu a medidas de confinamento que vão ter um impacto significativo, em particular nos setores mais afetados pela necessidade de distanciamento social", afirmou João Leão, numa audição regimental na Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Assembleia da República.

De acordo com o governante, "tal implica que no Programa de Estabilidade teremos de rever significativamente o cenário macroeconómico para 2021 e teremos de rever em alta o défice orçamental para 2021".

Apoios são para manter, "custe o que custar"

O ministro de Estado e das Finanças garantiu, por outro lado, que as medidas de apoio às empresas e ao emprego no âmbito da covid-19 se vão manter enquanto a pandemia durar, "custe o que custar".

"Do lado do Governo queremos deixar uma mensagem muito forte de apoio e compromisso às empresas e aos trabalhadores que veem a sua atividade condicionada pela pandemia: a garantia que as medidas de apoio às empresas e ao emprego - como o 'layoff' e outras - se vão manter enquanto durar a pandemia e a atividade económica estiver condicionada, custe o que custar", disse João Leão no parlamento.

O ministro, ouvido numa audição regimental da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) do parlamento, disse ainda que as medidas extraordinárias de apoio às famílias também se vão manter enquanto durar a pandemia, advogando que não se pode "deixar ninguém para trás".