O ex-presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, foi detido na Sardenha, em Itália, esta quinta-feira.
De acordo com o jornal espanhol El País, o antigo governante encontrava-se num evento, em Itália, a promover o folclore catalão.
A notícia da detenção acabou por ser confirmada pelo seu advogado, Gonzalo Boye, no Twitter. "O Presidente Puigdemont foi preso ao chegar à Sardenha, onde se deslocava como deputado europeu".
Puidgemont estava em fuga desde o outono de 2017, tal como os seus antigos ministros e eurodeputados Toni Comin e Clara Ponsati, por estarem envolvidos na organização de um referendo pela independência da Catalunha considerado ilegal.
O político é acusado pela justiça espanhola de "desvio de fundos públicos" e "sedição".
Pendia sobre Puigdemont um mandato internacional de busca e captura, emitido pelo juiz Pablo Llarena, do Supremo Tribunal de Espanha.
Vivia há quatro anos na Bélgica e é membro do Parlamento Europeu, no entanto, em julho deste ano, o Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) retirou-lhe a imunidade parlamentar.
A sua detenção ocorre mais de uma semana depois de o governo central de Espanha e o governo separatista da Catalunha terem retomado as conversações destinadas a resolver uma disputa sobre o impulso de independência da região. Há um ano e meio que não há diálogo sobre o tema.