Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
A Rússia registou uma segunda vacina contra o coronavírus, etapa preliminar na Rússia para a fase final de testes clínicos, indicou esta quarta-feira o Presidente russo, Vladimir Putin, numa altura em que o país contabilizou novo recorde de infeções diárias por Covid-19.
A vacina tem um nível de segurança “suficientemente alto”, declarou na mesma cerimónia a vice-primeira-ministra da Saúde russa, Tatiana Golikova.
A vacina, produzida pelo laboratório Vektor, entrará a partir de agora para a fase final dos ensaios clínicos, que implicará a utilização de 40 mil voluntários, acrescentou.
O Vektor, na região de Novossibirsk, desenvolveu uma investigação secreta sobre as armas biológicas durante o período soviético e tem armazenadas amostras de vírus que vão desde a varíola ao Ébola.
A Rússia registou em agosto passado a sua primeira vacina contra o novo coronavírus, criada no centro de investigação moscovita de Gamalei, em colaboração do Ministério da Defesa russo.
Batizada “Sputnik V”, em referência ao satélite soviético, a vacina foi recebida com ceticismo em todo o mundo, sobretudo porque não tinha desenvolvido a fase final dos ensaios na altura do anúncio pelas autoridades russas.
Uma grande parte da elite política russa, no entanto, acabou por ser vacinada, com Putin a citar o “caso exemplar” de uma das suas filhas, a quem foi administrada uma dose.
Segundo Putin, o Governo espera desenvolver e distribuir maciçamente a vacina no país antes do final do ano.
O anúncio surgiu no mesmo dia em que a Rússia, que tem conhecido uma segunda vaga do novo coronavírus no país, voltou a bater o recorde de novos casos diários de covid-19, ao registar nas últimas 24 horas 14.231 infeções.
Na terça-feira, a Rússia registou também um recorde de óbitos em 24 horas, ao atingir 244 mortes.
As autoridades russas já assumiram que 90% das camas hospitalares reservadas para as doenças estão ocupadas, mas afirmaram controlar a situação para evitar novas medidas de contenção estrita, com efeitos devastadores para uma economia que já estava em crise antes da pandemia.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.