Foi com alívio que Abel Ferreira ouviu o apito final do segundo jogo com o River Plate, das meias-finais da Taça Libertadores.
Depois da vitória, por 3-0, na Argentina, o Palmeiras viu-se a perder, por 2-0, em casa, no segundo jogo, ao intervalo. O marcador não mais funcionou e os brasileiros, apesar da derrota, estão na final da competição.
"Foi uma das melhores derrotas que eu e o Palmeiras tivemos", assumiu Abel, na conferência de imprensa, após o jogo.
A equipa do treinador português aguentou como pôde a força de um adversário que "não tinha nada a perder", o que leva Abel a explicar que "o fator psicológico fez a diferença no jogo".
"A intensidade do sentimento da perda é o dobro da intensidade do lucro. Hoje era um jogo muito mental", reforçou.
O guarda-redes Weverton, com várias defesas decisivas, foi o homem do jogo, mas o jogo, avaliou Abel, poderia ser totalmente diferente se, por um lado, o Palmeiras "tivesse matado a eliminatória na Argentina", ou se no jogo da 2.ª mão Rony tivesse transformado a primeira oportunidade em golo.
"Nós não matámos o jogo na Argentina e eu tinha dito que era bem possível esta equipa, porque a estudei, vir aqui fazer golos. Fomos muito melhores no primeiro jogo que River Plate e neste jogo eles estiveram melhor", admitiu.
Depois de Jorge Jesus, que venceu a Libertadores na época passada pelo Flamengo, Abel é o segundo treinador português na final da competição, que o Palmeiras venceu por uma vez, em 1999. Será a quinta final do Verdão, que não estava no jogo decisivo há 21 anos, desde 2000.
A final da Libertadores, no Rio de Janeiro, está marcada para 30 de janeiro. O Palmeiras irá defrontar o vencedor da eliminatória entre Santos e Boca Juniors. Depois do nulo na Argentina, esta quarta-feira disputa-se a 2.ª mão, em São Paulo.