O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS) avisa que os resultados negativos das instituições podem fazer com que estas "se desviem da sua missão - proteger os mais desfavorecidos".
É o alerta dado no primeiro painel da conferência "Pós-Pandemia, Recuperação e Resiliência do Pilar Social em ano de descentralização de competências", organizada pela Renascença.
O padre Lino Maia assume que o colapso das instituições "é uma ameaça", mas acredita que tal não vai acontecer.
"As instituições são de proximidade e multiplicam-se em soluções", defende o responsável, acrescentando: Não obstante, "algumas medidas têm de ser adotadas".
O exemplo dado é o Estado começar a comparticipar os custos das instituições de solidariedade em 50%. Isso "não é um favor", mas sim o Governo a cumprir o seu dever de "proteger a coesão social".
"Ameaça existe, mas pela resiliência, pela dedicação dos nossos dirigentes e das comunidades e com o Estado a assumir as suas responsabilidades, podemos ultrapassá-la", conclui.