O Montepio vai avançar com um “plano alargado” de saída de trabalhadores, segundo o Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários, o Sindicato dos Bancários do Norte e o Sindicato Independente da Banca, que esta quarta-feira se reuniram com a administração executiva.
Em comunicado, os três sindicatos disseram que se reuniram esta quarta-feira com o presidente da Comissão Executiva do Banco Montepio, Pedro Leitão, o qual “apresentou um projeto de reestruturação que contempla um plano alargado de reformas antecipadas e de rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo que irá decorrer até 2021”, mas sem quantificar quantos funcionários irão sair da entidade bancária.
As três estruturas sindicais consideraram “muito preocupante” o plano de reestruturação apresentado pelo Banco Montepio e aconselham os trabalhadores a não assinar qualquer acordo ou documentos sem se aconselharem junto dos sindicatos.
O banco Montepio teve prejuízos de 51,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, que comparam com os lucros de 3,6 milhões de euros do mesmo período de 2019, tendo justificado com as imparidades que constituiu (109,4 milhões de euros) para fazer face a perdas de crédito decorrentes da crise desencadeada pela Covid-19.
No final de junho, o grupo Banco Montepio tinha 3.962 trabalhadores, mais 25 do que em junho passado. Na rede doméstica reduziu uma agência, tendo em junho 328 sucursais.
O Banco Montepio – detido pela Associação Mutualista Montepio Geral – já tinha anunciado em junho o fecho de 31 balcões até final do ano.