Francisco Neto diz que o objetivo de enfrentar Haiti e Costa Rica, em particulares, é poder "simular" a confronto do "play-off" intercontinental de acesso ao Mundial feminino, com Camarões ou Tailândia.
Na antevisão do jogo com Haiti, esta quinta-feira, o selecionador nacional explica que Portugal quer "preparar novas estratégias" e ter espaço e tempo para "ver outras coisas", algo impossível em competição.
"É lógico que é impossível recriar exatamente os possíveis adversários que teremos, mas procurámos escolher adversários que nos criassem alguns momentos de jogo onde podem simular um bocadinho o que poderá ser os Camarões ou a Tailândia", sustenta Francisco Neto.
Francisco Neto detalha que os Camarões usam um estilo de jogo mais baseado em transições e rasgos individuais, "de muita velocidade". A Tailândia não tem "tantos valores individuais, mas é organizada".
“São duas equipas que já experimentaram o Campeonato do Mundo, sabem o que é lá estar e de certeza que querem estar lá tanto como nós. Temos de trabalhar muito, seja qual for o adversário. Nunca será fácil, mas queremos muito dar esse passinho”, sublinha.
Importância de apuramento histórico
O apuramento inédito para o Mundial seria "mais um passo importante" e um "marco histórico na afirmação internacional de Portugal".
"É fundamental podermos estar nestes grandes palcos e este será mais um momento de grande importância se conseguirmos concretizar. Sabemos que após as fases finais as jogadoras crescem muito, porque jogarão com as melhores e estarão envolvidas em contextos difíceis de recriar noutras situações", reitera o selecionador nacional.
O objetivo, no dia 22 de fevereiro, na Nova Zelândia, é claro: "Queremos ser a 12.ª equipa europeia representada no Campeonato do Mundo. Já queríamos lá estar, mas, felizmente, ainda dependemos só de nós."
Portugal defronta o Haiti na sexta-feira, a partir das 15h00, no Estádio Municipal José Martins Vieira, na Cova da Piedade. Recebe a Costa Rica quatro dias mais tarde, pelas 18h00, no Estádio do Alverca.