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“O país está unido no luto”. A chanceler alemã falou à imprensa sobre o ataque num mercado de Natal, em Berlim, na noite de segunda-feira.
Vestida de negro, numa declaração ao país, a líder alemã disse que "temos de assumir que foi um ataque terrorista". As primeiras indicações apontavam como principal suspeito um homem, de origem paquistanesa, que terá chegado à Alemanha há um ano. "Será particularmente repugnante se o perpetrador for alguém que recebeu protecção na Alemanha, como refugiado", sublinhou.
Estes dados foram, no entanto, desmentidos pela polícia alemã, que admite ter detido o "homem errado".
Segunda-feira à noite, um camião foi intencionalmente lançado sobre a multidão que se encontrava no local. Pelo menos 12 pessoas morreram e 48 ficaram feridas.
Nestas declarações garantiu que "este crime será clarificado e punido tão severamente quanto as leis o permitirem".
Angela Merkel deixou ainda uma palavra de esperança. “Vamos encontrar força para continuar a viver como queremos: em liberdade, com abertura e união", disse. "Não queremos viver com medo do mal."
A chanceler revelou estar muito triste e desapontada com estes acontecimentos, anunciando que vai deslocar-se ao local, esta tarde, para prestar homenagem às vítimas.
O ministro da Administração Interna assegurou que os mercados de Natal vão permanecer abertos, mas acompanhados das “medidas de segurança adequadas”.
“Pouco importa o que saberemos sobre as motivações do agressor, não devemos deixar que roubem o nosso modo de vida, fundado na liberdade”, sublinhou Thomas de Maizière em comunicado.
[Notícia actualizada às 13h19. A polícia admite ter detido "o homem errado"]