Oito substâncias ou agentes foram adicionados no mais recente relatório sobre carcinógenos do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, elevando para 256 o total de agentes ou substâncias que levam ao aparecimento de cancro.
A bactéria estomacal "Helicobacter pylori", o composto químico trióxido de antimónio (usado para retardar a propagação de chamas em plásticos, borrachas ou têxteis) e seis ácidos halocéticos (que se formam durante o tratamento da água potável a partir de uma reação entre os agentes de desinfeção à base de cloro e a matéria orgânica da fonte de água) passaram a fazer parte da lista de carcinógenos (agentes ou substâncias que causam o aparecimento de cancro) deste departamento.
Os seis ácidos halocéticos incluídos são o bromocloroacético, o bromodicloroacético, o clorodibromoacético, o dibromoacético, o dicloroacético e o tribromoacético. Melhorias nas tecnologias de desinfeção, como métodos de filtração, podem reduzir, segundo o relatório, os níveis destes ácidos na água potável.
O relatório não traça estimativas de risco de cancro para cada um dos oito agentes ou substâncias, e para as quais tem de se ter em conta fatores como o nível e a duração da exposição ao carcinógeno.
Para muitos, a bactéria "Helicobacter pylori", que coloniza o estômago, passa despercebida, sem causar sintomas de infeção.
Contudo, a infeção, uma das mais frequentes, pode, nas situações mais graves, causar cancro do estômago e um tipo raro de linfoma (cancro do sangue). A infeção adquire-se, por exemplo, pela ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria.
Quanto ao trióxido de antimónio, a maior exposição a este químico acontece entre os trabalhadores das fábricas que o produzem ou usam na composição de substâncias que retardam a propagação de chamas, realça o relatório do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.
Legislação neste país prevê limites à exposição deste químico no local de trabalho e no ambiente.