O cardeal-patriarca de Lisboa considera que Portugal deve “muito” a Mário Soares, antigo presidente da República Portuguesa, que faleceu este sábado, sobretudo nos “anos de implementação da democracia”.
D. Manuel Clemente sublinha, em declarações à agência Ecclesia, o “contributo notável e irrecusável” do responsável político, considerando que este é um tempo “para agradecer e enaltecer” o seu papel para o “estabelecimento da democracia em Portugal”.
Para D. Manuel Clemente, as instituições democráticas em Portugal, como “felizmente” existem hoje, devem “muito” a Mário Soares, “sobretudo nos anos de implementação da democracia nos anos 70” do século XX.
“Já antes no seu percurso pessoal, mas para nós todos a partir dos anos 70 e em diante”, acrescentou ainda o cardeal-patriarca de Lisboa, sobre o fundador do Partido Socialista.
Em 2007, Mário Soares foi indicado para presidir à Comissão da Liberdade Religiosa, criada pela Lei 16/2001, cargo no qual seria reconduzido em 2011.
Como presidente da República, Soares recebeu o Papa João Paulo II na viagem que o santo polaco fez a Portugal, em 1991; antes, a 27 de Abril de 1990, realizou uma visita oficial ao Vaticano.