O primeiro-ministro apontou esta quarta-feira a atual situação de seca no país e salientou a necessidade de preparar os próximos meses ao nível da prevenção, tendo em conta a persistências dos riscos de incêndios florestais.
"Presidi hoje à reunião do Conselho de Coordenação da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF). Apesar de as atenções estarem centradas na situação da Ucrânia e do combate à pandemia, há outros problemas no país para os quais temos de continuar a trabalhar e dar respostas", escreveu António Costa na sua conta na rede social Twitter.
Nesta sua mensagem, escrita após a reunião que decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, o líder do executivo adverte que "o risco de incêndios persiste".
"Tendo em conta a situação de seca que o país atravessa, fizemos um ponto de situação relativo aos primeiros meses do ano em termos de incêndios rurais, e projetámos as ações críticas e iniciativas prioritárias de preparação para os próximos meses", acrescentou o primeiro-ministro.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da AGIF, Tiago Oliveira, disse que a próxima época de incêndios vai "depender muito da quantidade de chuva" que caia até maio, considerando que a situação de seca melhorou.
"O Instituto Português do Mar e da Atmosfera [IPMA] esteve presente na reunião e atualizou a projeção de seca tendo revisto em baixa o risco, isto é, a situação não é tão preocupante como era há uma semana", afirmou.
No final da reunião que contou com a presença do primeiro-ministro, o presidente da AGIF referiu que a chuva prevista para este mês de março vai permitir "dar alguma folga".
"A campanha de incêndios vai depender muito da quantidade de chuva que vai ocorrer até ao final do mês de maio ou junho. Os receios que podia ser uma coisa muito difícil estão ultrapassados, mas não estão resolvidos, isto é, a perigosidade baixou, mas ainda existe", afirmou.
Tiago Oliveira considerou que existia uma grande preocupação, tendo em conta os fogos e a área consumida nos dois primeiros meses do ano, mas a chuva prevista para março vai permitir recuperar "um pouco os níveis de água, humidade e água no solo".
"Temos de estar atentos. Nesta reunião foi feito um ponto de situação, atendendo ao perfil e à dinâmica de um ano climatológico mais seco. Estamos a prepararmos para o pior, mas esperando sempre o melhor", sustentou.