Os EUA vão aumentar na sexta-feira de 10% para 25% as taxas aduaneiras sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares (178,4 mil milhões de euros) de bens chineses importados, anunciou este domingo o Presidente Donald Trump.
Esta sanção, também justificada pelo "avanço demasiado lento" das negociações comercias entre os dois países, surge quando uma importante delegação de responsáveis chineses é esperada em Washington na quarta-feira para conversações, até agora apresentadas como finais e que poderiam resultar num acordo comercial.
"Durante 10 meses a China pagou taxas alfandegárias aos Estados Unidos de 25% sobre 50 mil milhões de dólares [44,6 mil milhões de euros] de [bens] tecnológicos, e 10% sobre 200 mil milhões de dólares de outros bens", escreveu o Presidente norte-americano no Twitter.
"Os 10% vão ser aumentados para 25% na sexta-feira", acrescentou.
No início de dezembro o Presidente norte-americano decidiu suspender o aumento destas taxas devido ao recomeço das negociações comerciais que até esta semana estavam a ser apresentadas como "frutuosas" e com fortes hipóteses de resultarem num acordo.
"O acordo comercial com a China avança, mas demasiado lentamente, e quando eles tentam renegociar. Não!", referiu Trump.
O Presidente republicano pretende reduzir o colossal défice comercial dos Estados Unidos com a China (378,73 mil milhões de dólares em 2018).
Para além de uma maior abertura do mercado chinês aos produtos norte-americanos, Trump também exige de Pequim mudanças estruturais que terminem com a transferência forçada de tecnologia norte-americana, roubo de propriedade intelectual ou as subvenções às empresas estatais.
O líder da Casa Branca, que desencadeou a guerra comercial através de taxas aduaneiras punitivas, também ameaça taxar a totalidade das importações chinesas, avaliadas em 539,5 mil milhões de dólares (481,4 mil milhões de euros) em 2018.