O Governo ucraniano anunciou este sábado que recebeu em 2022, entre contribuições internacionais em ajudas e empréstimos, mais de 30 mil milhões de euros.
Cerca de 40% desses fundos vêm dos Estados Unidos, pouco menos de 25% da União Europeia (UE) e 8% do Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo dados do Banco Nacional da Ucrânia.
Essas ajudas e empréstimos representam cerca de 16% do Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia antes da invasão russa em 24 de fevereiro. Em 2022, o PIB ucraniano caiu mais de 30%, de acordo com estimativas do Ministério da Economia ucraniano.
A Rússia ocupa cerca de 18% do território da Ucrânia: a península da Crimeia - anexada por Moscovo em 2014 - e grande parte das regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.