Em entrevista à Renascença, o Padre Lino Maia promete lembrar ao executivo da Aliança Democrática que é necessário caminhar para “uma comparticipação publica de 50 por cento”.
"O pacto prevê que o Estado avance para um apoio mais substantivo às instituições; ou seja, os 50 por cento na comparticipação publica. Isto estava previsto que acontecesse até 2026, com o Governo anterior, e eu espero que se cumpra”, avança o Presidente da CNIS.
O sacerdote entende que “a mudança de Governo provoca sempre alguma turbulência”, mas defende que “temos que avançar porque sem o apoio a estas instituições há muito mais gente a ficar para trás”. “E isso faz-me sofrer”, acrescenta.
O responsável insiste que não vai deixar que se esqueça a necessidade de o Estado passar a ter uma comparticipação publica de 50 por cento. “Bati-me para que isso ficasse contemplado no pacto de cooperação assinado em dezembro de 2021 e é claramente a minha primeira exigência junto deste novo governo”, assegura. O padre Lino Maia revela que “houve antes da formação dos programas partidários alguns contactos” que o levam a acreditar que “este no governo que vai tomar posse tenha já isso em agenda”, contudo, adverte que manterá “essa preocupação com muita força”.
O Presidente da CNIS lembra nestas declarações à Renascença que “o sector social presta serviços inestimáveis e é um eixo fundamental do Estado social que apoia milhares de pessoas”.
Nas contas do sacerdote “são mais de 700 mil utentes e cerca de 200 mil trabalhadores apoiados”.
Ao novo Governo, o Padre Lino Maia garante "toda a lealdade e espírito de colaboração da parte do sector social solidário" e diz que seria importante que o novo executivo “durasse quatro anos”.
O sacerdote acredita que o sucesso do novo executivo “vai depender muito destes primeiros seis meses, é importante que entre com força com entusiasmo”. “Eu gostaria muito que fosse um Governo de legislatura, de quatro anos e que houvesse áreas em que se notasse progressos, nomeadamente na área em que estou mais dedicado”, acrescenta.
“É importante que as instituições de solidariedade sejam respeitas e apoiadas”, conclui.