António Costa, líder do PS, acredita que Marcelo Rebelo de Sousa dará segurança a uma eventual maioria absoluta dos socialistas no Governo.
O papel do Presidente da República perante o Executivo, especialmente face a uma maioria absoluta, foi um dos temas mais discutidos no Debate da Rádio, esta quinta-feira, organizado por Renascença, Antena 1 e TSF.
O primeiro-ministro considera que, tal como Mário Soares impôs limites a Cavaco Silva, também Marcelo os imporá a António Costa.
"As pessoas têm receio das maiorias. Os portugueses escolheram um novo Presidente da República. Toda a nova legislatura será exercida no mandato do Presidente. Quem acredita que uma maioria do PS poderia pisar o risco com Marcelo Rebelo de Sousa? Todos sabem que é de outra família política", sublinhou.
Afirmação que gerou uma gargalhada de Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, que, no entanto, não respondeu a Costa.
Quem o fez foi João Cotrim de Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal, que apelou a que Marcelo seja mais duro com o primeiro-ministro neste segundo mandato do que foi no primeiro.
"Posso esperar que o Presidente da República assuma um papel que não assumiu no primeiro mandato, em que houve enorme proximidade e falta de exigência para com António Costa. Quero que represente os portugueses e que exija do Governo que não se coloque nesta posição de ‘ou nós ou nenhum’", sublinhou.
Já Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, assinalou que "seria um erro chamar o Presidente da República à campanha eleitoral".