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“O pior que nos poderia acontecer agora seria somar uma crise de natureza social à crise que vivemos”, diz o presidente da Câmara de Lisboa na apresentação do reforço das medidas de apoio social, nesta segunda-feira.
Num vídeo divulgado no Facebook, nestsa segunda-feira, Fernando Medina salienta que “estamos perante uma crise de saúde pública cujo impacto testará todos nós”, pelo que a Câmara coloca em prática “quatro medidas fundamentais”.
Crianças e famílias carenciadas
Por toda a cidade, há 26 cozinhas e refeitórios em escolas, com vista a providenciar a alimentação completa do dia para todos os alunos mais necessitados.
Idosos
“Estamos a falar de idosos nossos vizihos que não têm autonomia para algumas ou várias tarefas quotidianas”, refere o presidente da autarquia.
O objetivo é providenciar um “forte alargamento” do apoio domiciliário, num “trabalho conjunto com a Santa Casa da Misericórdia, Juntas de Freguesia e centros paroquiais”, que irão providenciar refeições quentes, higiene pessoal e medicamentos a todos os idosos com dificuldade de mobilidade e autonomia pessoal.
Este apoio destina-se aos idosos já apoiados pela Câmara e àqueles que se encontravam em centros de dia que tiveram de ser encerrados, bem como a outros que, não estando em nenhum destes locais, não tenham autonomia.
Sem-abrigo
Todos os centros de acolhimento de sem-abrigo têm planos de contingência aprovado, medidas de higienização reforçadas, espaço de isolamento para algum caso suspeito e planos de quarentena se necessário, anuncia Fernando Medina.
Além disso, estão a ser montados “mais dois espaços para situações de quarentena” e, no início desta semana, o Pavilhão do Casal Vistoso servirá para acolher os sem-abrigo que não se encontram nos centros existentes.
Educação
Lisboa tem nove escolas para acolher os filhos dos profissionais dos serviços essenciais que necessitem deste apoio.
Segundo o presidente da Câmara de Lisboa, “este é o maior programa de apoio social alguma vez montado na cidade”.
Este reforço deve-se à pandemia de Covid-19 que já colocou o país em estado de alerta e já infetou um total de 331 pessoas em Portugal. Na quarta-feira, o Presidente da República deverá decidir se decreta o estado de emergência.
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