O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde esperam que seja corrigida "a todo o instante" a anomalia que impedia o Pediátrico de receber referências provenientes da linha Saúde 24.
Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) já se articularam hoje com a Direcção-Geral da Saúde e com a Saúde 24, com vista à correcção "a todo o instante" da "anomalia" que impedia o Pediátrico de Coimbra de receber referências provenientes da linha Saúde 24, informaram o CHUC e o SPMS, numa nota conjunta enviada à agência Lusa.
De uma análise do CHUC e da SPMS, verificou-se "que houve ligação insuficiente entre a Saúde 24 e o sistema da plataforma CTH [Consulta a Tempo e Horas], o que inviabilizou a recepção de referências daí provenientes, mas que o serviço de urgência" só na terça-feira sinalizou aos serviços informáticos, esclarecem as duas entidades.
Questionados pela agência Lusa na terça-feira, na sequência de uma denúncia de um utente, a Liga de Amigos e o director do serviço de urgências daquela unidade hospitalar informaram que uma falha no sistema informático tem impedido que as informações de utentes encaminhados pela Saúde 24 cheguem ao Pediátrico de Coimbra.
Na nota conjunta do CHUC e da SPMS, estas entidades sublinham que o centro hospitalar "parametrizou correctamente as interfaces do SCLINICO/SONHO [sistemas de informação] de acordo com as instruções da SPMS em Maio de 2016".
"Verifica-se que, desde essa data, o uso do sistema de referenciação para a urgência por parte dos CSP [Cuidados de Saúde Primários] tem funcionado bem ainda que em quantidades residuais pois a adopção da via digital ainda não está a cem por cento, mas tem sido usado o sistema CTH", explica o comunicado.
No caso da Saúde 24, era "enviado um fax para os serviços de urgência, procedimento que foi descontinuado em 1 de Dezembro último, em linha com a disponibilização digital cada vez mais em marcha em todo o país", informaram as duas entidades.
Desde então, que se verifica uma ligação "insuficiente" entre a Saúde 24 e o Pediátrico, que as duas entidades esperam agora resolver brevemente.
A nota sublinha ainda que o recurso à Saúde 24 "permite ao cidadão ter cuidados mais rápidos e, em alguns casos, evitando a ida à urgência".
Caso seja necessária essa mesma ida, "os cidadãos beneficiam de isenção de taxa moderadora e, pela integração dos sistemas, o serviço de urgência pode ver digitalmente a informação da prestação no âmbito da Saúde 24".