A União Europeia (UE) vai enviar 33 milhões de euros de ajuda de emergência para o Líbano, para além de equipas e meios técnicos, na sequência das explosões no porto de Beirute, anunciou a Comissão Europeia.
Para além da verba, prometida pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa conversa telefónica com o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, a UE colocou à disposição de Beirute equipas especializadas na deteção química, biológica, radiológica e nuclear e um navio militar com capacidade de helicóptero para evacuação médica, e equipamento médico e de proteção.
A UE destacou já mais de 100 bombeiros altamente treinados de busca e salvamento, com veículos, cães e equipamento médico de emergência.
A verba que Bruxelas está a mobilizar destina-se a custear as primeiras necessidades de emergência, apoio médico e equipamento, e proteção de infraestruturas críticas, segundo um comunicado, podendo ser mobilizado um maior apoio em função da avaliação das necessidades humanitárias em curso.
Foi também anunciada a mobilização de peritos e equipamento para ajudar a avaliar a extensão dos danos e manusear substâncias perigosas como o amianto e outros produtos químicos.
Isto pode ser importante para as estruturas civis, mas também para a reabilitação do Porto de Beirute.
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando, pelo menos 137 mortos e mais de 5.000 feridos, segundo o último balanço feito pelas autoridades libanesas.
Até 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.
O Governo português indicou na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas.
A Proteção Civil portuguesa está pronta para enviar até quatro equipas para o Líbano, disse à Lusa Duarte Costa, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Estas serão equipas relacionadas fundamentalmente com a resposta a emergência médica, a análise do ar e a atividades em estruturas colapsadas.
As violentas explosões deverão ter tido origem em cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.