Um grupo terrorista aliado ao auto-proclamado Estado Islâmico, que actua na região do Sinai, no Egipto, reivindicou este sábado a queda do avião russo que se despenhou esta manhã, matando os 224 passageiros que transportava, mas alguns os especialistas desconfiam que seja apenas propaganda.
Numa mensagem circulada no Twitter, o grupo diz que “os combatentes do Estado Islâmico conseguiram abater um avião russo sobre a província do Sinai que transportava 220 cruzados russos. Foram todos mortos, graças a Deus”.
Está também a ser circulado um vídeo, de muito má qualidade, que mostra um avião a explodir no ar, mas a veracidade da filmagem carece de confirmação.
As autoridades egípcias e russas continuam a dizer que o avião caiu devido a uma falha técnica e há indicações de que o piloto terá pedido autorização para aterrar de emergência no aeroporto mais próximo.
O especialista em jihadismo da Quilliam Foundation, Charlie Winter, diz que é sabido que os rebeldes no Sinai possuem mísseis, mas que estes têm um alcance de apenas 15.000 pés e o avião estava a cerca de 30 mil. À falta de provas concretas, o especialista conclui que a reivindicação dos terroristas não passa de propaganda.
Numa altura em que decorrem as investigações, familiares e amigos das vítimas da queda do avião russo no Egipto continuam à espera de informações no aeroporto de S. Petesburgo. Começam agora a conhecer-se algumas das histórias das pessoas que perderam a vida do desastre aéreo.
O acidente matou os 224 passageiros, na esmagadora maioria russos, que viajavam a bordo do aparelho. Eram quase todos turistas que regressavam de férias em Sharm El-Sheikh, na costa egípcia.
[Notícia actualizada às 15h36]