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D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa e presidente do Conselho de Administração do Grupo Renascença Comunicação Multimédia, acredita que o número de casos na zona de Lisboa e Vale do Tejo pode significar um adiamento na data prevista para o regresso das missas e celebrações religiosas.
O bispo auxiliar espera que o cenário não se concretize e, nesse sentido, pede responsabilidade aos crentes, porque a pandemia "ainda não acabou". É necessário um "desconfinamento desconfiado", para evitar uma eventual segunda onda de infeções.
"Desejamos que isso não aconteça, mas é importante que todos os ouvintes tenham consciência que isto não acabou, tem de ser um desconfinamento desconfiado. É verdade que os números no resto do país estão em linha com as projeções, mas temos este susto em Lisboa e Vale do Tejo. Não acabou, temos de estar atentos e isto pode ser motivo para manter a defesas e guardas em alerta", afirma, no programa da manhã da Renascença.
A chave para o regresso das celebrações religiosas está no distanciamento e higienização, segundo D. Américo Aguiar. As restantes condicionantes dependem de cada espaço e cada comunidade está a preparar-se "há mais de um mês" para garantir a reabertura das igrejas.
"Há mais de um mês que as nossas comunidades se vão preparando para este fim-de-semana, de norte a sul do país. Saúdo os párocos e leigos que estão a tratar do melhor acolhimento possível. Há duas palavras chave: distanciamento e higienização. A partir daí, mediante as características próprias de cada espaço, se é grande pequeno, aberto ou fechado, mas a higienização e distanciamento têm de existir sempre", afirma.
O regresso das celebrações religiosas terá também o importante significado da progressiva retoma da normalidade.
"A retoma das celebrações é muito importante, para os padres e para a comunidade. Nunca ninguém tinha vivido uma situação destas, a retoma da normalidade anormal também pode significar estarmos juntos em eucaristia".