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O dirigente comunista João Oliveira votou este domingo antecipadamente nas eleições legislativas, na cidade de Évora, e disse que escolheu esta data para demonstrar que é possível votar em segurança e ao mesmo tempo combater a abstenção.
O membro da Comissão Política do Comité Central do PCP chegou pelas 8h40 à Arena d'Évora. Dirigiu-se para a secção de voto número dois e três minutos depois já tinha colocado o boletim de voto na urna.
João Oliveira está recenseado pelo círculo eleitoral de Setúbal, mas escolheu votar antecipadamente em Évora por uma questão de compatibilidade familiar. No entanto, o voto do líder parlamentar do PCP vai ser contabilizado pelo círculo eleitoral onde está recenseado e não em Évora.
Em declarações aos jornalistas, o líder parlamentar do PCP disse esperar que “este dia de voto antecipado possa correr com tranquilidade e com a participação correspondente” ao número de pessoas que se inscreveram.
Um total de 315.785 eleitores inscreveram-se para votar antecipadamente em mobilidade hoje nas eleições legislativas, de acordo com os dados finais divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI) na sexta-feira.
“A utilização da possibilidade do voto antecipado é uma das soluções para que as pessoas possam participar no ato eleitoral sentindo-se tranquilas e seguras relativamente ao exercício do direito de voto”, completou.
João Oliveira sustentou que votar hoje ou no domingo é “uma escolha de cada um”, mas a expectativa é ver a população “empenhada” em participar no sufrágio.
Votar antecipadamente, continuou, “é mais complexo do que o habitual, porque há vários cadernos eleitorais em função dos concelhos onde as pessoas estão recenseadas”. Contudo, João Oliveira disse que a votação decorreu sem problemas e “ao longo do dia vai-se tornando mais fácil, porque vai haver mais experiência de quem está nas mesas de voto”.
“A estas horas da manhã é sempre mais difícil, porque ainda está a começar”, acrescentou.
O dirigente comunista também recusou a ideia de que estivesse a dar o exemplo, justificando que “não é preciso dar o exemplo a ninguém” e que os portugueses têm dois dias para escolher como exercer o direito de voto, em função das circunstâncias pessoais e profissionais de cada um.