"A música pode ser um fio condutor para a comunidade, para a Paz e para os valores europeus”, diz Martim Sousa Tavares, o maestro da Orquestra Sem Fronteiras que esta terça-feira venceu o Prémio Europeu Carlos Magno para a Juventude.
Na cerimónia de entrega do prémio, que decorreu esta manhã em Aachen, na Alemanha, foram também revelados os outros premiados. Em segundo lugar ficou o projeto “Politika (nejen) pro mladé”, seguido pelo projeto alemão, “Ukrainian Vibes - European Public Sphere”. A concurso estavam 455 projetos, de 26 países.
Em comunicado, o Parlamento Europeu (PE) refere que a vice-presidente do PE considerou o projeto português como “muito especial”. Composta por 150 músicos da zona da Raia ibérica, a Orquestra Sem Fronteiras é nas palavras da também eurodeputada Katarina Barley um projeto que “faz do mundo um lugar melhor, onde a cultura é acessível a todos, aos que se sentem menos representados, e aos menos providos de condições”.
Criada em 2019, a orquestra tem a direção musical de Martim Sousa Tavares. Na cerimónia de entrega do prémio, o maestro mostrou-se orgulhoso no reconhecimento do valor da orquestra e destacou que “através da música, mantemos estas comunidades vivas e conectadas” e que, “a música pode ser um fio condutor para a comunidade, para a Paz e para os valores europeus”.
Na sua página, a Orquestra Sem Fronteiras explica que surgiu para “apoiar e fixar o talento jovem no interior do país, combatendo o abandono do ensino da música e premiando o mérito académico”. Outro dos desígnios desta orquestra é “espalhar o acesso à cultura”, apresentando-se em localidades do interior raiano, “oferecendo concertos gratuitos, ensaios abertos e acções de pedagogia e introdução à música às populações locais”.
O Prémio Carlos Magno para a Juventude é uma iniciativa do Parlamento Europeu que visa promover os valores europeus. “O Prémio destaca o trabalho quotidiano desenvolvido por jovens de toda a Europa para reforçar a democracia europeia e apoia a sua participação ativa na construção do futuro da Europa. É gerido pelo Parlamento Europeu em parceria com a Fundação do Prémio Internacional Carlos Magno, de Aachen, e foi criado em 2008”, refere o comunicado.