A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vai apresentar esta quarta-feira ao Papa Francisco a experiência portuguesa no acolhimento de refugiados e a disponibilidade manifestada por diversos sectores para acolher quem foge de países em conflito.
“Primeiro, [vamos mostrar] a nossa disponibilidade enquanto misericórdias e católicos portugueses para acolher os refugiados. Depois, a noção que temos de que se trata de um problema delicado, mas também de uma oportunidade para acolher pessoas que se encontram numa situação dramática. E que nós temos alguma experiência nisso”, diz o presidente da UMP, Manuel Lemos.
Já esta terça-feira, a UMP falou da sua experiência num encontro com o cardeal António Maria Vegliò, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes.
“Demos conta daquilo que estamos a fazer em Portugal, do papel das misericórdias. E a circunstância de me acompanhar o dr. Silva Peneda, que é uma pessoa muito perto do presidente da Comissão [Europeia], deu para falarmos mais das estratégias de médio prazo e do que poderia ser o papel da própria União Europeia e da própria Igreja Católica neste contexto”, afirma Manuel Lemos.
Ganha força candidatura a património da humanidade
Esta terça-feira, em Roma, Manuel Lemos aproveitou para conquistar o apoio da União das Misericórdias Italianas à candidatura a património imaterial da humanidade da ideia de misericórdia.
“As misericórdias italianas decidiram subscrever a nossa proposta. Acharam muito interessante que, no quadro dos valores imateriais da humanidade, a misericórdia e o ideal das misericórdias sejam colocados como candidatura”, conta.
A Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas decidiu lançar a proposta de candidatura a património da humanidade na sua reunião do último sábado em Fátima, como forma de assinalar o Jubileu da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco.