Ministério Público quer ouvir Jorge Jesus sobre as agressões em Alcochete
12-11-2018 - 22:01

Investigação foi estendida por mais seis meses, o que significa que haverá tempo para recolher todas as informações que o antigo treinador do Sporting poderá fornecer sobre o caso, inclusive conversas com Bruno de Carvalho, detido no domingo.

O Ministério Público (MP) quer ouvir Jorge Jesus, antigo treinador do Sporting, a propósito da investigação às agressões na Academia do clube, em Alcochete, segundo avança a imprensa, esta segunda-feira.

O MP quer ouvir Jesus de modo a recolher todas as informações que o técnico português, que agora orienta o Al Hilal, da Arábia Saudita, poderá fornecer sobre o caso, inclusive conversas com Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, que está detido desde domingo e indiciado por 56 crimes relacionados com os acontecimentos de 15 de maio.

De acordo com o "Record", também se pretende compreender quem, e com que razão, alterou a hora do treino no dia do ataque ao plantel na Academia, de quarta para terça-feira, uma vez que existem versões contraditórias. Nessa terça-feira, 15 de maio, um grupo de cerca de 40 adeptos encapuzados, afetos ao Sporting, invadiram o centro de treinos do clube leonino e agrediram jogadores e equipa técnica.

No entanto, Jorge Jesus só pode regressar a Portugal em novembro, devido a questões relacionadas com a justiça saudita.

A notícia de que o MP quer falar com Jorge Jesus surge no mesmo dia em que o "Diário de Notícias" revela que a investigação foi estendida por mais seis meses, o que significa que todos os arguidos continuarão detidos. Mais tempo para ouvir o antigo treinador do Sporting.

O prazo para ser apresentada uma acusação aos 23 primeiros detidos no âmbito do caso, que estão no Estabelecimento Prisional do Montijo, terminava a 20 de novembro. Porém, agora que a investigação está a cargo da GNR, sob supervisão do DIAP de Lisboa, poderá continuar até abril de 2019. O pedido de alargamento do prazo, submetido pelo Ministério Público, foi concedido pelo juiz do Tribunal do Barreiro.