O Governo apresentou esta manhã o que já foi feito do plano de intervenção nas pedreiras em situação crítica, assinalando assim a passagem de um ano desde o acidente de Borba.
Nesta altura há já 130 projetos de intervenção para consolidar as pedreiras e, segundo o ministro do Ambiente, a maior parte das obras já está em curso.
“Já recebemos 130 projetos, que é um número muito significativo, feitos por universidades e empresas com muita credibilidade. São projetos muito diferentes, há obras que se fazem em seis meses e obras que se fazem em seis anos. Algumas dessas obras estão muito avançadas, como por exemplo a obra da pedreira da A1, que foi tão falada”, diz João Pedro Matos Fernandes.
“Os projetos que não foram entregues vão ser agora desenvolvidos pela EDM, em nome do Estado, e vamos conseguir antecipar em alguns meses, praticamente em um ano, as intervenções físicas”. Ou seja, segundo Matos Fernandes, vão arrancar já no próximo ano.
Deste plano, o ministro garante que a sinalização está concluída, mas, quanto á vedação das pedreiras, há 21 casos de incumprimento que seguiram para o Ministério Público.
“A vedação das pedreiras que tinham ainda, em muitos casos, forma de as pessoas poderem aceder ao próprio plano da pedreira. Não era aceitável, era um risco muito grane, e aquilo que se verificou é que apenas 21 das pedreiras ficaram por vedar. Essa é uma responsabilidade dos proprietários ou gestores das pedreiras. Os que não cumpriram já foram notificados pelo Ministério Público desse facto, mas nós próprios, também através da EDM, vamos entre dezembro e abril completar esses planos de vedação, naturalmente enviando a fatura a quem tinha a obrigação de o fazer”.
Questionado pelos jornalistas, o ministro do Ambiente garantiu ainda que o Governo não vai reabrir a estrada junto à pedreira de Borba, por razões de segurança. “Não há condições para reabrir aquela estrada naquele caminho.”
“Aliás, esse é um dos planos que, tendo sido apresentado pelos proprietários, ainda não concluímos a sua apreciação, porque é de grande complexidade. O mais natural é que tenha de haver desmonte de alguns blocos de pedra ao lado de onde se verificou a rutura, e não ao contrário. Não encontramos forma para que de facto aquela estrada possa ser reaberta naquele local, por questões de segurança”, assegura.