As forças russas lançaram esta segunda-feira ataques de artilharia contra 130 aldeias em sete regiões entre as províncias de Sumi, no nordeste da Ucrânia, e Kherson, no sul, disse esta terça-feira o Estado-Maior ucraniano.
No relatório diário, as forças armadas da Ucrânia referem ainda ações de sabotagem russas nas zonas de Siversk, na província de Donetsk, e de Slovozhanske, na província de Kharkiv, ambas no leste do país.
O Estado-Maior ucraniano defendeu que o objetivo destas ações de sabotagem é forçar Kiev a manter tropas nas zonas atingidas, para evitar que reforcem a linha da frente da guerra com a Rússia.
De acordo com o relatório, o ponto mais ativo da linha da frente continua a ser em torno da cidade de Avdivka, em Donetsk, onde a Rússia continua a tentar cercar a cidade e as forças ucranianas repeliram 23 ataques na segunda-feira.
O exército russo fez progressos em diversas áreas junto a Avdivka, admitiu o Centro de Estratégias de Defesa, um 'think tank' de Kiev que publica diariamente um balanço da situação da guerra na Ucrânia.
Desde 10 de outubro que a Rússia tem lançado várias ofensivas contra Avdivka, localidade situada perto de Donetsk, capital da região com o mesmo nome, na qual terá perdido milhares de soldados e um número significativo de equipamento militar.
Nos últimos dias, os russos reduziram a intensidade dos ataques aéreos, bem como o número de veículos blindados mobilizados para esta parte da frente, onde continuam, no entanto, a avançar com ataques de infantaria, avançou o Centro de Estratégias de Defesa.
A Rússia está a sofrer na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, cerca de 80% das perdas totais em toda a frente, disse na segunda-feira o comandante do grupo operacional e estratégico Tavria do exército ucraniano.
As forças russas continuam a tentar cercar Avdivka, com ataques terrestres e aéreos persistentes, mas as tropas ucranianas mantêm as posições, disse Oleksandr Tarnavski na plataforma de mensagens Telegram.
A invasão russa, justificada pelo presidente russo com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.