O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quinta-feira que o Governo vai apoiar financeiramente a Madeira a recuperar dos danos avultados causados pelos incêndios desta semana.

Em conferência de imprensa após visitar as zonas afectadas, António Costa enumerou cinco áreas de acção para ajudar a região autónoma na missão de reconstrução.

O Governo da República vai apoiar o plano de emergência ao realojamento de famílias carenciadas aprovado na quarta-feira pelo governo regional e os programas de reabilitação urbana da Câmara do Funchal, explicou António Costa.

António Costa anunciou “mecanismos de apoio à reposição da capacidade económica”. Na próxima semana estará disponível uma linha de crédito especial para a actividade turística afectada pelos incêndios na Madeira, nomeadamente para a hotelaria e restauração.

Será também criada uma linha de apoio para as empresas que foram afectadas pelos incêndios.

O primeiro-ministro também destacou também a necessidade de explorar “todos os instrumentos de financiamento” comunitários, designadamente o fundo de solidariedade da União Europeia com vista à reparação dos danos.

Outra das cinco áreas de acção passa por informar a comunidade internacional que a normalidade está de volta à Madeira, para evitar mais prejuízos para o turismo, o principal sector económico da ilha.

O primeiro-ministro afirma que "a tranquilidade que regressou à região" que Madeira continua a ser um destino turístico seguro, uma mensagem para "tranquilizar quem tem férias marcadas".

"A Madeira e o Porto Santo continuam a ser destinos de excelência e devem fazer essa escolhar para as vossas férias", apelou.

O Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Engenharia Militar vão “dar apoio imediato para a consolidação de elementos soltos, quer do edificado quer de escarpas e taludes, para assegurar desmontagem urgente tendo em conta que, com a chegada do Inverno, a ameaça das chuvas constitui um risco”, disse ainda António Costa.

Na mesma conferência de imprensa, o presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, salientou que o trabalho de recuperação já arrancou.

"Já começámos a repor casas, a ajudar as famílias, a limpar as habitações", declarou o líder madeirense.

Os incêndios dos últimos dias na Madeira provocaram três mortos, mil desalojados e destruíram cerca de 200 habitações.

De acordo com um balanço provisório avançado esta quinta-feira pelo presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, os incêndios provocaram estragos na ordem dos 55 milhões de euros.