Na missa dirigida à comunidade de fiéis de Myanmar, antiga Birmânia, Francisco apelou ao fim da violência no país “ferido pela violência, o conflito, a repressão”.
Durante a homilia desta manhã, na Basílica de São Pedro, o Papa desafiou os católicos de Myanmar a “não ceder à lógica do ódio e da vingança, mas ficar com o olhar voltado para o Deus do amor que nos chama a ser irmãos entre nós”.
Assinalou a necessidade de promover a “unidade”, face aos pequenos e grandes conflitos. “Quando se sobrepõem os interesses partidários, a sede de lucro e poder, desencadeiam-se sempre confrontos e divisões.”
Na sua intervenção destacou a importância da oração, que ensina a “atravessar os momentos dramáticos e dolorosos da vida”.
“Queridos irmãos e irmãs, hoje quero depor sobre o altar do Senhor os sofrimentos do vosso povo e rezar convosco para que Deus converta os corações de todos à paz. Que a oração de Jesus nos ajude a guardar a fé, mesmo nos momentos difíceis, a ser construtores de unidade, a arriscar a vida pela verdade do Evangelho. Por favor, não percais a esperança”, apelou.
O exército tomou o poder a 1 de fevereiro, desencadeando protestos de rua em massa por todo o país e uma repressão militar, que já provocou 790 mortos e centenas de feridos.
Os dados mais recentes do Vaticano revelam que 5% da população de Myanmar é cristã, com cerca de 700 mil católicos.