O poeta Nuno Júdice venceu, por unanimidade, o Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores com o patrocínio da autarquia de Loures.
O livro "Regresso a um Cenário Campestre", editado em 2020 pela D. Quixote, foi o escolhido pelo júri que na ata escreveu que a obra "reflete um momento pessoal e universal, momento de paragem, mas não de estagnação".
O júri composto por Luís Filipe Castro Mendes, José Manuel de Vasconcelos e Paula Mendes Coelho sublinha ainda que este livro de poesia recupera “uma empatia com a natureza, reivindicando o desejo e o amor aqui e agora” e garantindo a “possibilidade de um depois.”
Destinado a galardoar anualmente uma obra de poesia em português e de autor português, publicado integralmente e em primeira edição, Grande Prémio de Poesia Maria Amália Vaz de Carvalho vai na sua terceira edição.
O prémio no valor de doze mil e quinhentos euros, já foi atribuído nas edições anteriores aos poetas Gastão Cruz e Fernando Guimarães.
Nuno Júdice, além de poeta e ensaísta e ficcionista. Nascido em Portimão em 1949 publicou "A noção de poema", o seu primeiro livro, há quase 50 anos. Tem mais de 70 obras editadas.
Professor universitário, assumiu em 2009 a direção da revista «Colóquio-Letras» da Fundação Calouste Gulbenkian.
Com obra traduzida e publicada em vários países como Espanha, Itália, ou França, Nuno Júdice já venceu diversos prémios literários, entre eles o Pen Clube (1985), Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1990), da Associação Portuguesa de Escritores (1995), Bordalo da Casa da Imprensa (1999), Cesário Verde e Ana Hatherly (2003)e Fernando Namora (2004) .
Em 2013 recebeu em Espanha o Premio Reina Sofia de Poesia Ibero-Americana; em 2014, no México, o Premio de Poesia del Mundo Latino e em 2015 o Premio Argana da Maison de la Poésie de Marrocos, e Prémio Literário Fundação Inês de Castro – Tributo de Consagração. Já em 2016, recebeu em Itália o Prémio internacional de Poesia Europa in Versi/Prémio Carreira.