Aumentou o número de crianças apanhadas as redes de tráfico de seres humanos, segundo o relatório da Comissão Europeia que identifica os desafios nesta matéria.
Ao todo, neste relatório de 2013-2014, estão registados 15.846 homens, mulheres, raparigas e rapazes, vítimas de tráfico de seres humanos, mas admite-se que, tendo em conta a complexidade do fenómeno, o número real possa ser muito maior.
O relatório diz que o tráfico para exploração sexual continua a ser o mais comum (67% das vítimas), depois o tráfico para exploração laboral (21% das vítimas).
A maior parte são mulheres (76%), 15% crianças.
Aliás, o relatório identifica um aumento acentuado de crianças vítimas de traficantes de seres-humanos e há também mais vítimas com deficiência e vítimas de etnia cigana. Por outro lado, há uma relação entre estas redes criminosas e o contexto da actual crise de migração, assim como o aumento da utilização da internet e das novas tecnologias para o recrutamento de vítimas.
O relatório diz que 65% das vítimas são cidadãos da União Europeia sobretudo da Bulgária, Hungria, Holanda, Polónia e Roménia.
De fora estão identificados como países de origem das vítimas: Albânia, China, Marrocos, Nigéria e Vietnam.
A Comissão Europeia reforça a necessidade dos Estados-membros implementarem a directiva contra o tráfico de seres humanos, para aumentar a investigação e acções penais contra os autores, e garantir maior protecção das vítimas.