O Vaticano congratula-se com a decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, que eliminou o direito constitucional ao aborto.
A Pontifícia Academia para a Vida diz, em comunicado, que a medida, aprovada esta sexta-feira, desafia o mundo a refletir sobre as questões da vida.
A defesa da vida humana não pode estar confinada aos direitos individuais, porque é uma matéria de “amplo significado social”.
“O facto de um grande país, com uma longa tradição democrática, mudar de posição nesta questão também desafia o mundo inteiro”, defende a Pontifícia Academia para a Vida.
O arcebispo D. Vincenzo Paglia, responsável por esta instituição do Vaticano, defende que a decisão do Supremo Tribunal é “um forte convite à reflexão” sobre o aborto, numa altura em que “a sociedade ocidental está a perder a paixão pela vida”.
“Ao escolher a vida, a nossa responsabilidade pelo futuro da humanidade está em jogo”, sublinha D. Vincenzo Paglia.
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos eliminou a garantia constitucional do direito ao aborto. A decisão foi anunciada esta sexta-feira.
A decisão passou com o voto a favor de seis juízes e com a oposição de três elementos do Supremo.
Em causa está legislação Roe vs. Wade, que vigorava desde 1973. Chega assim ao fim a garantia constitucional do aborto em vigor há cinco décadas no país.
A decisão dos juízes do Supremo Tribunal norte-americano surge na sequência de uma disputa sobre a legislação aprovado no estado do Mississippi, que proíbe o aborto depois das 15 semanas.
Cerca de metade dos estados dos EUA já indicaram que vão avançar com a proibição do aborto.