Pelo menos 51 prisioneiros morreram depois que um incêndio que começou durante uma rebelião na cidade colombiana de Tulua, no sudoeste da Colômbia, informou o chefe da agência nacional de prisões nesta terça-feira.
“É um evento trágico e desastroso”, disse o general Tito Castellanos, diretor da agência penitenciária, à Rádio Caracol na terça-feira.
“Houve um incidente, aparentemente um motim, os presos incendiaram alguns colchões e ocorreu um incêndio”, afirma.
Castellanos confirmou mais tarde um número de mortos de 51 pessoas – 49 morreram na prisão e duas que morreram após serem levadas ao hospital.
“Infelizmente, a maioria dos presos morreu por inalação de fumo”, disse à radio local Caracol.
Vinte e quatro pessoas estão a ser tratadas no hospital e o fogo foi controlado por bombeiros locais, acrescentou Castellanos.
A prisão tem um total de 1.267 detidos e o bloco de celas onde ocorreu o incêndio abriga 180.
Um funcionário leu uma lista de prisioneiros ainda vivos e ilesos aos familiares ansiosos reunidos do lado de fora da prisão, alguns dos quais gritaram de alegria ao ouvir o nome do seu ente querido.
As prisões da Colômbia têm capacidade para 81 mil detidos, mas atualmente abrigam cerca de 97 mil, segundo dados oficiais.
“Dei instruções para levar adiante as investigações que nos permitem esclarecer esta terrível situação”, disse o presidente colombiano Ivan Duque, que está em visita a Portugal, no Twitter.
A violência prisional “obriga a reimaginar de forma completa a política prisional em direção a uma humanização da prisão e dignidade para o preso”, disse o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, que assume o cargo em agosto, no Twitter.