O número de pessoas que atravessaram irregularmente o Mediterrâneo Central para chegar a um Estado-membro da União Europeia (UE) mais do que duplicou nos primeiros dois meses de 2023, face ao ano anterior, anunciou esta sexta-feira a Frontex.
De acordo com um relatório da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), um total de 12 mil pessoas atravessaram ilegalmente a região do Mediterrâneo Central entre janeiro e fevereiro, “mais do dobro do ano passado”.
Só em fevereiro, o número triplicou para 7 mil, em comparação com o período homólogo de 2022 nesta rota.
Nos primeiros dois meses do ano, um total de 28.130 pessoas atravessaram em situação irregular as fronteiras da UE, um número que está em linha com o registado há um ano — 13.8000 das quais só no mês de fevereiro.
As rotas pelo Mediterrâneo Central e pelos Balcãs Ocidentais continuam a ser as mais ativas, refere o relatório.
Já as pessoas detetadas nesta situação pela Frontex são na maioria provenientes de países como a Síria, Costa do Marfim, Afeganistão e Paquistão.
Um total de 5.622 pessoas entraram em território da União Europeia através do Reino Unido, um aumento de 82% face a 2022.
A Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira conta com 2.400 funcionários que acompanham as rotas de migração irregulares para a União Europeia.