As autoridades e diplomatas de vários países estão a negociar um cessar-fogo temporário para a Faixa de Gaza em troca da libertação dos reféns que o Hamas levou para o enclave palestiniano no início da guerra, a 7 de outubro, incluindo crianças, mulheres, idosos e doentes.
O Guardian avança esta quinta-feira, citando fontes com conhecimento das negociações, que em cima da mesa está a possibilidade de uma pausa nas hostilidades de entre um e três dias, apesar de ainda nada estar decidido.
A Reuters adianta que está hoje a decorrer um "encontro trilateral" no Qatar entre os chefes da CIA, secreta norte-americana, a Mossad, secreta israelita, e o primeiro-ministro qatari, para discutir os parâmetros de um acordo para a libertação de reféns e uma pausa nos ataques de Israel a Gaza.
A agência cita uma fonte informada sobre este encontro, que envolverá também a proposta de permitir importações humanitárias de combustível para o enclave palestiniano, que está sob controlo do Hamas desde 2007.
Desde o início da guerra há cerca de um mês, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem repetido que não haverá nenhum cessar-fogo em Gaza até os reféns, que serão mais de 240, serem libertados. Do outro lado, o Hamas diz que só libertará reféns quando houver um acordo de cessar-fogo.
Ontem à noite, numa nova declaração pública, Netanyahu voltou a sublinhar: "Quero pôr de lado todos os rumores que estamos a ouvir vindos de todas as direções e deixar uma coisa clara: não haverá cessar-fogo sem a libertação dos nossos reféns."
O Qatar tem estado a mediar as negociações entre Israel e a milícia islamita que, a 7 de outubro, invadiu o sul de Israel, numa operação sem precedentes por terra, ar e mar que fez 1.400 mortos.
Em resposta, Israel lançou uma campanha de bombardeamentos diários à Faixa de Gaza que já provocaram mais de 10.500 mortos, incluindo milhares de crianças.
[atualizado às 13h45]