O Papa Francisco mostrou-se, esta quarta-feira, preocupado com a escalada do conflito na Ucrânia, horas depois de renovados ataques russos com mísseis.
“Soube, com dor e com preocupação, das notícias de um novo e ainda mais forte ataque com mísseis sobre a Ucrânia, que causou mortes e danos a muitas estruturas civis”, disse Francisco.
Esta terça-feira, a Rússia lançou mais de 90 mísseis contra a Ucrânia, deixando mais de sete milhões de pessoas sem eletricidade.
De acordo com o gabinete presidencial de Volodymyr Zelensky, a artilharia russa atingiu instalações estratégicas de fornecimento de energia em vários pontos do país.
Como consequência desses ataques, os clientes sofreram cortes de energia nas regiões de Kiev, Vinnytsya, Volyn, Donetsk, Dnipropetrovsk, Zhytomyr, Kirovohrad, Lviv, Poltava, Rivne, Sumy, Ternopil, Kharkiv, Khmelnytskyy, Cherkasy, Chernivtsi e Chernihiv.
De acordo com o chefe de gabinete adjunto do Presidente ucraniano, Kyrylo Tymoshenko, cerca de 15 centrais elétricas ficaram destruídas.
“Rezemos para que o Senhor converta os corações dos que ainda optam pela guerra e faça prevalecer desejos de paz, para a martirizada Ucrânia, para evitar qualquer escalada e abrir a estrada ao cessar-fogo e ao diálogo”, pediu o Santo Padre.
No final da audiência geral, Francisco voltou a pedir “consolação, fortaleza nas provações e esperança de paz” para os ucranianos e também rezou “pelas vítimas inocentes do ataque terrorista que há dia ocorreu em Istambul”.
Também ontem, duas pessoas morreram na sequência da queda de um míssil de origem russa na zona de Przewodów, a cerca de 10 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, já em território da Polónia.