Um alto representante da Coreia do Norte chega esta terça-feira aos Estados Unidos, especificamente a Nova Iorque, para preparar a potencial cimeira entre Kim Jong-un e Donald Trump, uma que está marcada para 12 de junho em Singapura mas que continua em risco de não se concretizar.

A informação da chegada de Kim Yong-chol à América para se encontrar com os norte-americanos foi avançada pelo próprio Presidente Trump no Twitter.

"Juntámos uma equipa ótima para as nossas negociações com a Coreia do Norte. Há a encontros a acontecer neste momento relacionados com a cimeira e mais. Kim Young Chol, o vice-presidente da Coreia do Norte, está agora a caminho de Nova Iorque. Sólida resposta à minha carta, obrigado!"

O nome surge escrito de forma errada, mas esse acaba por ser um mero pormenor deste anúncio. Importante a reter é que, uma semana depois de ter anunciado a suspensão do encontro com Kim, Trump parece estar novamente empenhado em fazer a cimeira acontecer.

A concretizar-se, será a primeira da História a juntar um Presidente dos EUA e o seu homólogo norte-coreano. Há a reter também que, há 18 anos, tentativas para concretizar uma reunião semelhante saíram furadas.

Quem é Kim Yong-chol?

General e número dois do comité central do partido único da Coreia do Norte, Kim é um dos alvos concretos das sucessivas sanções aplicadas que o Tesouro dos EUA tem aplicado ao hermético regime por causa do seu programa nuclear e de mísseis balísticos.

Isto significa que houve autorizações ao mais alto nível da parte da administração federal norte-americana para permitir que o representante 'fure' essas sanções para aterrar em Nova Iorque vindo de Pequim, onde fez escala vindo de Pyongyang.

Kim é o norte-coreano de mais alto nível a fazer uma visita oficial aos EUA desde 2000, ano em que Jo Myong Rok, vice-marechal do Exército Popular da Coreia, se encontrou com o então Presidente norte-americano, Bill Clinton, na Casa Branca.

Ainda não se sabe se este Kim, o número dois, terá direito a ser recebido pelo Presidente dos EUA na sua casa oficial como aconteceu com Jo Myong Rok. Da mesma forma, também a cimeira de 12 de junho em Singapura continua em dúvida, apesar de EUA, Coreia do Norte e Coreia do Sul parecerem novamente empenhados em concretizá-la.