Três pessoas ficaram gravemente feridas na Holanda e foram conduzidas ao hospital, em Roterdão, depois de terem sido atingidas por balas disparadas pela polícia durante uma manifestação com contornos violentos contra as medidas tomadas no âmbito da pandemia de Covid-19.
Os protestos em Roterdão começaram na sexta-feira e tornaram-se mais violentos durante a noite e madrugada de sábado.
“Três manifestantes ficaram feridos quando foram atingidos por balas. Eles permanecem no hospital”, informa a polícia de Roterdão numa publicação no Twitter.
Durante os protestos, os manifestantes incendiaram carros, lançaram fogos de artifício e atiraram pedras contra a polícia durante os protestos, que as autoridades responderam com tiros de advertência e canhões de água.
Segundo a polícia de Roterdão, foram detidas 51 pessoas, metade das quais eram menores de 18 anos.
Os incidentes estão a ser investigados, incluindo os tiroteios e a origem das balas que vitimaram três pessoas.
O ministro da Justiça holandês, Ferd Grapperhaus, já reagiu, condenando, num comunicado, a "violência extrema" contra a polícia e os bombeiros.
Mais cidades e mais protestos
No sábado, foram várias as manifestações pela Europa contra as medidas restritivas previstas para conter a quinta vaga da pandemia.
Os manifestantes contestam, por exemplo, contra a obrigatoriedade de certificado de vacinação ou teste negativo para aceder a alguns locais fechados.
Em várias cidades da Holanda, existiram focos de agitação, no sábado à noite, com jovens a entrar em confronto com a polícia.
Após os confrontos em Roterdão, a polícia reforçou a presença noutros locais e a violência foi amplamente contida, ainda que tenha havido mais detenções.
A Holanda reintroduziu algumas medidas no fim de semana passado para tentar conter o ressurgimento de contágios pelo novo coronavírus, mas as infeções diárias continuam nos níveis mais altos desde o início da pandemia.
Mais pacíficas foram a manifestações que decorreram noutros países europeus, onde milhares de manifestantes também saíram às ruas para contestar as medidas tomadas no âmbito da pandemia.
Áustria, Croácia e Itália foram alguns dos países onde as ruas se encheram de gente.