É uma praça de São Pedro irreconhecível em relação ao dia de ontem, em que a afluência excedeu largamente as expectativas das autoridades. Ao todo passaram pela Basílica de São Pedro, em Roma, 65 mil visitantes, o dobro do previsto e mais do que aqueles que são esperados no dia do funeral de Bento XVI.
As filas de acesso ao local onde jaz o Papa emérito, que morreu no sábado passado, aos 95 anos -- quer para os checkpoints de segurança quer depois, já dentro da praça, para aceder à basílica -- são muito mais pequenas, as pessoas circulam com grande facilidade.
Assim que entram na Praça de São Pedro chegam à porta da basílica em dois a três minutos, quando na segunda-feira o tempo de espera era superior a uma hora.
O primeiro dia do velório de Bento XVI foi um teste de stress para as autoridades italianas. Sinal disso é que esta terça de manhã, pela primeira vez nestes dias, avistaram-se militares armados nas ruas. O exército italiano também aqui com uma presença dissuasora, dando apoio à operação policial que gere as entradas na Praça de São Pedro.
Esta manhã, as portas da Basílica de São Pedro abriram mais cedo, às 7h da manhã (6h em Lisboa). Será possível passar por aqui até às 19h locais, que é a hora prevista para o encerramento da basílica.
Estamos a dois dias do funeral de Bento XVI, na quinta-feira, e os preparativos dentro da praça aceleram.
Milhares de cadeiras estão esta manhã a ser colocadas na parte da frente do recinto, mais perto da escadaria que conduz ao altar onde Francisco irá celebrar as exéquias de Bento XVI.
Sobre a vinda do Presidente da República Portuguesa, o que se sabe é que Marcelo Rebelo de Sousa virá a título pessoal, falta apenas confirmar o momento em que chegará a Roma.
Contactada pela Renascença, fonte da Presidência da República diz que o plano da viagem de Marcelo ainda não está fechado e que tudo está a ser ultimado por via diplomática.
Entretanto, sabe-se também que há outros chefes de Estado, outras delegações de outros países que, tal como Marcelo, vão estar presentes nestas exéquias fora do protocolo do funeral: são os casos dos reis da Bélgica, da rainha emérita Sofia de Espanha e ainda dos Presidentes da Polónia e da Hungria, bem como o governador do Estado federado alemão da Baviera, onde Bento XVI nasceu.
Só os chefes de Estado da Alemanha e de Itália estarão no funeral do Papa emérito a título oficial.