Os EUA vão anunciar esta sexta-feira novas sanções dirigidas à Federação Russa, desta vez visando mais de 500 entidades ligadas "aos seus apoios e à sua máquina de guerra", disse um porta-voz do Departamento do Tesouro à AFP.
"Vai ser o conjunto [de sanções] mais importante desde o início da invasão da Ucrânia", especificou a fonte.
As sanções vão ser aplicadas pelos departamentos de Estado e do Tesouro e constituem a maior fatia singular das decididas desde a invasão russa da Ucrânia, quando se aproxima o início do terceiro ano de guerra, uma vez que as tropas russas invadiram o país em 24 de fevereiro de 2022.
A Casa Branca tinha prometido sanções relevantes em resposta à morte na semana passada de Alexei Navalny, o principal crítico do presidente russo, Vladimir Putin, em uma prisão no Ártico.
Na quinta-feira, depois de se reunir com a viúva e a filha de Navalny, Biden disse que as sanções iriam ser "contra Putin, que é o responsável pela morte".
Milhares de medidas já foram impostas a dirigentes, empresários, bancos, empresas e setores inteiros da economia da Federação Russa desde o início da guerra.
O EUA e outros aliados da Ucrânia tinham esperança em afetar e isolar a economia russa com uma sucessão de sanções dirigidas ao setor financeiro e fontes de rendimento, como as vendas de petróleo.
Mas Putin trabalhou com o Irão e outros Estados para minimizar o impacto das sanções internacionais, o que levou a economia russa a crescer a um ritmo inesperadamente saudável, como sinalizou o Fundo Monetário Internacional.