Editoras lamentam morte de Pedro Sobral, "timoneiro na defesa do livro"
21-12-2024 - 21:18
 • Ricardo Vieira

Pedro Sobral, de 51 anos, foi vítima de atropelamento e fuga quando circulava de bicicleta na Avenida da Índia, em Lisboa. Setor livreiro e cultural está de luto.

Os vários grupos editoriais em Portugal lamentaram este sábado a trágica morte de Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e administrador da Leya.

Pedro Sobral, de 51 anos, foi vítima de atropelamento e fuga quando circulava de bicicleta na Avenida da Índia, em Lisboa, junto à Cordoaria Nacional. O condutor entregou-se às autoridades horas depois e foi constituído arguido.

O grupo Leya lamentou a morte do seu administrador e fala numa "perda com danos inultrapassáveis".

"O Pedro acreditava profundamente no poder dos livros e na liberdade da edição, valores com que ajudou a construir a LeYa. Um amigo de todas as horas e de todos os livros, de quem, hoje, nos começamos a despedir com doloroso e genuíno agradecimento", indica a CEO Ana Rita Bessa.

O Grupo Porto Editora manifesta o “mais profundo pesar pelo trágico falecimento de Pedro Sobral”, um “timoneiro na defesa do livro”.

“Este desaparecimento inesperado representa uma enorme perda para a cultura nacional”, refere a editora, em comunicado.

A Penguin Random House Grupo Editorial também já lamentou “profundamente” a morte do presidente da APEL e administrador do Grupo Leya.

“Pedro Sobral foi um férreo defensor do valor e do poder dos livros e uma das figuras mais dinâmicas e vibrantes do mundo editorial português, capaz de um entusiasmo sem fronteiras, alimentado pela crença inabalável na importância vital da leitura”, refere a Penguin Random House, em mensagem publicada nas redes sociais.

A Tinta-da-China reage com “tristeza e pesar” à notícia da morte de Pedro Sobral.

“A equipa da Tinta-da-china vem deste modo prestar-lhe a devida homenagem e apresentar sentidas condolências a todos os colegas da Leya, aos seus autores e amigos, e sobretudo à sua família. O mundo dos livros em Portugal fica sem dúvida mais pobre”, refere uma mensagem no Instagram.