O navio de resgate e salvamento Lifeline, gerido por uma organização não-governamental alemã com o mesmo nome, recebeu luz verde para atracar em Malta, sendo que uma parte dos 234 migrantes que seguem a bordo do barco humanitário vai ser acolhida por Itália.
O anúncio foi feito esta terça-feira, pouco depois das 13h, pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte. "A Itália vai desempenhar o seu papel e vai acolher uma parte dos migrantes que seguem a bordo do Lifeline, na esperança de que outros países europeus façam o mesmo, como alguns já anunciaram que vão fazer", informou o gabinete de Conte em comunicado.
Também numa nota oficial, o Governo maltês confirma que vai autorizar a atracagem da embarcação. "Queremos evitar uma escalada da crise humanitária através da partilha de responsabilidades entre os Estados dispostos a isso."
O anúncio surge horas depois de Itália ter autorizado o cargueiro Alexander Maersk a acostar na Sicília para que os 108 migrantes resgatados pela tripulação no Mediterrâneo central possam desembarcar ali depois de vários dias em alto mar. O grupo foi resgatado pelo navio comercial depois de ter arriscado a travessia em botes de borracha sobrelotados.
À semelhança do que aconteceu com o navio Aquarius há algumas semanas, que passou vários dias em alto mar até ter sido autorizado a atracar em Valência, o Lifeline passou os últimos seis dias à espera de luz verde para atracar num dos países da Europa que são banhados pelo Mediterrâneo, para que os migrantes a bordo possam receber assistência médica e proceder com os seus pedidos de asilo na União Europeia.