A Ordem dos Médicos (OM) alertou, esta terça-feira, que para a SARS-CoV-2 não existe Natal nem Ano Novo e que todas as reuniões são oportunidades de transmissão e infeção, por vezes com consequências irreparáveis.
Numa nota enviada às redações, o bastonário e o Gabinete de Crise da OM para a Covid-19, afirmam que o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, a nível nacional, se mantém “muito elevado”, continuando a representar “um risco significativo para a segurança” de todos e a integridade do Serviço Nacional de Saúde.
“Neste período de maior festividade e proximidade familiar a adesão e o respeito pelas medidas de prevenção da transmissão da pandemia são essenciais e indispensáveis para protegermos os nossos familiares, e em particular os de maior risco, tais como os mais idosos e com doenças crónicas”, lê-se no documento emitido pelos médicos.
A OM recomendou que quem tem febre ou queixas respiratórias, esteve em contacto com casos suspeitos ou confirmados ou testou positivo nos últimos 10 dias, mantenha o isolamento e respeite as normas para proteger a família.
“Adie viagens não essenciais, use sempre a máscara, lave frequentemente as mãos e evite aglomerados de pessoas, mesmo que sejam familiares ou amigos”, apelou.
Portugal contabiliza pelo menos 5.041 mortos associados à Covid-19 em 325.071 casos confirmados de infeção, segundo o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 9 de novembro e até 23 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.