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A Hungria vai construir um segundo muro anti-imigração. O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo primeiro-ministro, Viktor Orban.
No ano passado, no pico da crise migratória os húngaros já haviam anunciado a construção de uma primeira barreira de betão com 175 quilómetros de comprimento e quatro de altura para travar a entrada de imigrantes.
Agora em declarações à rádio Kossuth, Orban garantiu que o governo está a tratar dos planos técnicos para a instalação de um novo muro.
O primeiro-ministro defendeu que a “imigração põe em perigo a segurança da Europa”, fazendo uma relação entre “a imigração e o terrorismo”. E acrescentou que “quem disser o contrário não está a dizer a verdade.”
A crise migratória está a fazer com que surjam muros por toda a Europa. Também na Noruega está a ser construída uma barreira na fronteira com a Rússia, a partir de Storskog. Irá medir 200 metros de comprimento e terá uma altura de 3,5 metros.
A Aústria depois de ter erguido um muro na fronteira com a Eslovénia no ano passado, avançou para a construção de um novo muro, na região de Brennero, junto à fronteira com a Itália.
A construção – com cerca de 250 metros de comprimento tem como objectivo impedir a entrada de refugiados que chegam através de Itália.
“A Áustria arrisca a converter-se numa espécie de sala de espera para os refugiados”, disse em Abril o ministro austríaco da Defesa, Hans Peter Doskozil, citado pelo “El Mundo”.
Em Calais, França, zona de passagem entre aquele país e o Reino Unido uma cerca não permite a passagem de pessoas que querem fazer a travessia.
Na Macedónia, em Novembro do ano passado, começou a construção de um muro na fronteira com a Grécia para controlar melhor a deslocação de migrantes. O exército utilizou maquinaria pesada para erguer um muro de 2,5 metros de altura perto do ponto de passagem usado pelos migrantes, em Gevgelija.
Mas existem ainda outras construções, umas já erguidas e outras em edificação. Em Mellila e Ceuta, território espanhol no Norte de África, na Búlgária, na Ucrânia e na Estónia.