O presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, defende que a ação social deve servir de exemplo para "o que pode ser a descentralização".
Na abertura da conferência "Pós-Pandemia, Recuperação e Resiliência do Pilar Social em ano de descentralização de competências", organizada pela Renascença em parceria com o município gaiense, o autarca realçou que a economia social "é um pilar de desenvolvimento" que "não valorizamos e outros procuram perceber".
No entanto, Vítor Rodrigues avisa que a descentralização não pode ser sinónimo de "municipolizar". "Não é fazer de municípios um novo ministério. Tem de nos colocar a trabalhar em rede, para alcançarmos um objetivo comum", apontou.
Destaca que a ação social ganha uma importância especial numa altura em que se verifica "uma tempestade perfeita, pela negativa", entre a perspetiva de uma pós-pandemia e o começo da guerra na Ucrânia.
"Eis que um contexto de guerra, suficientemente longe para assistirmos da televisão mas suficientemente perto para sentirmos as consequências, cria um fenómeno para potenciar a inflação", aponta.
O autarca também alertou para os efeitos de dois anos de pandemia de Covid-19, que tem afetado "a forma como nos relacionamos e os nossos comportamentos económico-financeiros".
Por isso, diz que este é "um momento importante para discutirmos, percebermos dinâmicas e para nos comprometermos.