Marcelo diz que só o fim da escalada de violência permitirá o futuro na Síria
14-04-2018 - 12:44

Recém-chegado do Egito, o Presidente da República referiu a nota já publicada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e revelou a sua preocupação pela situação geral no Médio Oriente.

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Marcelo Rebelo de Sousa falou este sábado sobre o ataque à Síria, dizendo que “só o fim da escalada da violência e a vontade de construir a paz permitirão caminhos de futuro” no Médio Oriente.

Acabado de chegar de uma visita ao Egito, o Presidente da República falou sobre a situação na Síria e lembrou o comunicado divulgado esta manhã pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“Portugal já manifestou, pelo seu Governo, a compreensão para com a razão e a oportunidade da intervenção de três amigos e aliados, limitada a estruturas de produção e distribuição de armas estritamente proibidas pelo direito internacional, e cujo uso é intolerável e condenável, ao mesmo tempo que apelava a uma investigação independente sobre crimes de guerra e a uma solução política, negociada e pacífica, dramaticamente urgente, a pensar naquele povo martirizado”, disse.

O Presidente falava nas cerimónias do Dia do Combatente e do Centenário da Batalha de La Lys, na Batalha, e aproveitou também para se referir à situação na República Centro-Africana, onde estão estacionadas tropas portuguesas, num contexto de manutenção de paz.

“Orgulho temos por todos esses bravos, por aquilo que foram e por aquilo que fizeram. Orgulho tivemos ao ver o Presidente da República Francesa, pela primeira vez a agradecer em nome da França, aos nossos soldados, que lutando por Portugal tinham permitido a vitória francesa e o futuro da Europa”, disse Marcelo, numa referência aos combatentes da Primeira Guerra Mundial.

“Orgulho temos por vós, hoje espalhados por missõe,s cá dentro e lá fora, ainda estas semanas atuando com bravura e competência na República Centro-Africana, tendo direito a que a Pátria se lembre sem cessar que a vossa entrega total não tem preço, não se mede pelas tábuas frias que avaliam o serviço público com horas certas e sem risco de vida”, referiu ainda o Chefe de Estado.